A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, CBDL, em conjunto com entidades do segmento saúde, está promovendo um levantamento da capacidade instalada e dos recursos disponíveis para proporcionar o acesso ampliado a testes de diagnóstico de qualidade.
Entre as entidades parceiras da CBDL estão a Anbiotec, BioTechTown, SuperaPark, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) e Conselho Federal de Farmácia (CFF).
A medida tem como propósito levantar o número de equipamentos de diagnóstico (PCR e outras tecnologias) que rapidamente podem ser realocados para utilização no serviço de diagnóstico do SARS-CoV-2 (coronavírus), com os diversos reagentes (para pesquisa, desenvolvidos em laboratórios ou kits comerciais) disponíveis, além de verificar os serviços, recursos e estruturas disponíveis para execução dos testes, inclusive os testes rápidos. Isso aumentará consideravelmente a capacidade de testagem.
No que se refere aos testes rápidos, que estão obtendo registro junto à Anvisa, já foi avaliado que o mercado brasileiro deverá superar os 9 milhões de testes até meados de abril (isto apenas se considerarmos os testes recentemente registrados).
Ainda no tocante aos testes rápidos, há a possibilidade de Parcerias Público Privadas para a testagem massiva da população (inclusive para as populações mais expostas e menos preparadas para as situações de quarentena). A ideia é usar os laboratórios privados, farmácias, startups do setor de saúde e entidades setoriais que disponibilizem profissionais de saúde para as iniciativas junto às municipalidades, associações comerciais, igrejas, dentre outros. Carlos Gouvêa, presidente executivo da CBDL, acredita que “através da união dos esforços dos diferentes elos da Cadeia de Valor da Saúde, sob a coordenação integrada do Ministério da Saúde e a ANVISA, será possível combater de forma eficaz a presente pandemia. Afinal, com o atual parque instalado de equipamentos (que pode ser realocado para o diagnóstico através do PCR), com as estruturas laboratoriais espalhadas por todo o Brasil (mais de 16 mil laboratórios) e as cerca de 80 mil farmácias e seus farmacêuticos, através de outras tecnologias como ELISA e testes rápidos, poderemos obter uma capilaridade ímpar, com um grande poder de testagem”.
(Com informações da Oficina de Mídia/CBDL – 23.03.20)