De acordo com o recente Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz no final do mês de julho, com dados epidemiológicos das últimas quatro semanas, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentaram queda após um período de crescimento exponencial das contaminações, iniciado em abril deste ano. Entretanto, trata-se de um cenário que ainda exige cautela e atenção aos cuidados básicos de higiene e prevenção, uma vez que a Covid-19 segue em maior prevalência dos casos positivos na população adulta, respondendo por mais de 79% dos diagnósticos virais.
Ao ocasionar sintomas parecidos, infecções como as causadas pelo novo coronavírus e influenza, dificultam ainda mais os diagnósticos quando outras doenças como a bronquite, que pode desenvolver-se de forma aguda ou crônica, também acometem a população. Fatores como a poluição e a baixa umidade do ar facilitam a propagação de casos e patógenos como a “Bordetella Pertussis”, uma bactéria que pode causar a tosse comprida, assim como a bronquite aguda, uma reação inflamatória dos brônquios que eleva a doença ao patamar contagioso.
Embora os testes voltados para o diagnóstico de Covid-19 estejam cumprindo sua missão, com respostas rápidas e precisas para os quadros da doença, nos casos de resultados negativos, certa sombra de dúvida ainda prevalece entre as equipes médicas. Afinal, se o paciente não está contaminado pelo coronavírus, o que poderia desencadear determinados sintomas?
É nesse ponto que os avanços da biologia molecular contribuíram para o desenvolvimento de novas tecnologias, como os testes sindrômicos, que já estão disponíveis em algumas unidades hospitalares do país. Ao identificar, simultaneamente, diversos vírus e bactérias que podem estar agindo sobre o sistema imunológico do paciente, os testes sindrômicos têm ajudado a reduzir consideravelmente a administração de antibióticos e internações desnecessárias, além da janela de tempo desses pacientes nos hospitais.
São ferramentas laboratoriais de testagem, capazes de identificar e diferenciar uma série de patógenos simultaneamente, e apontar, inclusive, se a pessoa está contaminada por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo. “Ao apresentar sintomas clínicos parecidos, as doenças respiratórias impõem dificuldade ao diagnóstico baseado apenas na avaliação médica dos pacientes, consequentemente, ao tratamento mais adequado para combater determinada infecção. Seguimos vertendo esforços para que em breve essas novas tecnologias estejam presentes em todas as unidades de saúde do país, inclusive na rede pública”, destaca Allan Munford, gerente de Marketing da QIAGEN na América Latina, empresa associada à CBDL, que apresenta, entre suas soluções, o QIAstat-Dx, um teste sindrômico que permite a avaliação de um painel respiratório do paciente, ao identificar o causador dos sintomas, incluindo a influenza e o SARS-CoV-2.
Atuando na linha de frente de combate a essas infecções, o médico intensivista do Hospital das Clínicas, Dr. Daniel Joelsons, explica que essas ferramentas são de extrema importância para a efetividade dos sistemas de saúde. “Caso a infecção seja por bactéria, já iniciamos a administração de antibióticos. Caso precise de isolamento, já providenciamos essa conduta e o tratamento adequado. Os testes sindrômicos facilitam o trabalho da equipe médica e reduzem os efeitos colaterais dos medicamentos desnecessários”, destaca o especialista.
Voltado ao diagnóstico clínico e com registro ativo na ANVISA, o QIAstat-Dx libera o resultado da análise em até uma hora. Sua tecnologia tem o potencial de diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, evitar internações desnecessárias e identificar pacientes que, dependendo da contaminação, precisam de isolamento ou demais medidas de controle da infecção. (Com informações da AtitudeCom – 10.08.22)