Um teste único com sete marcadores diferentes para identificar doenças sexualmente transmissíveis e outro para verificar se um candidato à cirurgia tem ou não tendência à trombose, são dois dos produtos que o Brasil voltou a trazer da Coréia do Sul, na esteira da importação de dez milhões de testes RT-PCR para identificar contaminados pela Covid-19.
A informação é do CEO da Seegene Brazil, o biólogo Guilherme Ambar. Ele diz que a empresa coreana, cujos testes tiveram participação essencial no controle da pandemia no país asiático, está tão interessada no mercado brasileiro, que decidiu montar uma planta em território nacional, a ser construída na cidade paulista de Sorocaba. “A proposta é que a partir do Brasil passaremos a abastecer o mercado latino-americano”, diz ele.
Para o empresário, a parceria com a empresa coreana trará vantagens para o Brasil, à medida que a Coréia investe pesadamente em pesquisa, procurando soluções que serão úteis a um País do tamanho do nosso, com 200 milhões de habitantes e que ainda tem dificuldade em bloquear o contágio de várias doenças transmissíveis.
“Nossa tecnologia exclusiva permite num único teste, por exemplo, marcadores para sete doenças sexualmente transmissíveis, clamídia e gonorreia entre elas”, diz Ambar, e esses testes já estão voltando a chegar ao Brasil, “e nem é preciso explicar sua imensa importância para o controle das DSTs”, afirma.
O biólogo lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada ano, 357 milhões de pessoas sejam contaminadas por Doenças Sexualmente Transmissíveis, HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. “A solução passa tanto pela educação como também pela universalização do diagnóstico”, conclui o CEO. Um dos problemas do Brasil é que quando uma pessoa é diagnosticada com uma DST, nem sempre o parceiro ou parceiros sexuais são testados, o que impede o desejado bloqueio da transmissão.
Já o teste para trombofilias tem uso importante no pré-operatório, uma vez que, com ele, um cirurgião pode saber se determinado paciente tem ou não propensão à trombose, preparando-o para reduzir o risco da ocorrência quando de uma operação. (Com informações da DOC Press – Assessoria de Imprensa da Seegene – 24.09.20)