Os chamados testes POC (Point of Care) representam um grande avanço na medicina laboratorial nos últimos anos. Estes exames rápidos são bastante práticos e podem ser realizados no conforto de casa (como no caso dos auto-testes) ou mesmo em lugares muito remotos, como na Amazônia, no caso dos testes rápidos para programas de saúde pública.
Atualmente existem testes rápidos para uma série de enfermidades como diabetes, hepatites, dengue, zika, chicungunya, etc. No entanto, entre os testes rápidos que mais se destacam e que tiveram uma gama extensa de lançamentos de produtos estão os POCT (Point of Care Testing) para a detecção do vírus do HIV/AIDS, através de auto-testes, aumentando assim a possibilidade de acesso da população ao tratamento eficaz e precoce, quando necessário.
O tema será debatido no IX Workshop Internacional, organizado pela Aliança Latinoamericana para o Desenvolvimento do Diagnóstico in Vitro (Aladdiv) em conjunto com London School of Hygiene & Tropical Medicine e do IDC – The International Diagnostics Centre, nos próximos dias 2 e 3 de setembro, no auditório da sede da ANVISA, em Brasília, DF.
O evento tem o apoio da CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial e da ALDIMED – Aliança Latinoamericana de Dispositivos Médicos. O evento é gratuito e aberto ao público. Inscrições pelo site: https://www.sympla.com.br/ix-international-workshop—aladdiv__597187
O painel “ POCT e Testes Rápidos fora do Laboratório”, que acontecerá no dia 3/9, às 13h30, terá a moderação de Segundo Leon, da Univerdidad Privada San Juan Bautista (UPSJB) do Peru e as participações de Elliot Cowan, da Partners in Diagnostics, Paula Távora, ex-presidente da SBPC/ML e Beto de Jesus, da AIDS Healthcare Foundation (AHF).
Posteriormente, será a vez do painel “Auto Teste de HIV– Como esses testes podem ajudar a melhorar o diagnóstico da doença?”, com a moderação de Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Aladdiv e da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL). As palestras ficarão por conta de Elliot Cowan (Partners in Diagnostics) e Aristides Barbosa, diretor do Centers for Disease Control and Prevention (CDC/Brasil).
O presidente da CBDL, Carlos Eduardo Gouvêa, têm se mostrado muito otimista com a grande profusão de testes rápidos no Brasil.
“O momento para o debate sobre a ampliação do acesso ao teste rápido é único. Por ser uma grande ferramenta para diagnosticar ou mesmo fazer a triagem de determinadas doenças, além de seu importante papel de monitorar a evolução de tratamentos, o teste POC tem avançado em diferentes frentes: além do próprio laboratório clínico, programas de saúde pública em áreas remotas e à beira do leito do paciente ou mesmo em consultórios médicos ou de assistência farmacêutica. No entanto, aspectos fundamentais como qualidade, integração aos sistemas de saúde pública existentes (“Saúde 4.0″) e distribuição precisam ser bem discutidos e, eventualmente, regulamentados. Durante estes dois dias, serão apresentados bons exemplos encontrados na América Latina bem como diretrizes adotadas por outros continentes para que a discussão no Brasil possa amadurecer.”
Serviço:
IX INTERNATIONAL WORKSHOP
Dias 2 e 3 de setembro – das 8h30 às 17h00
Auditório da ANVISA
SIA Trecho V – Brasília, DF