Exames de sangue para avaliar a presença de proteínas beta-amiloide 42 e 40 detectam o risco do Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e, em uma sociedade vivendo cada vez mais, é natural o aumento do número de casos dessa patologia em pessoas com a idade avançada. Segundo a Alzheimer’s Disease International, os números globais vão atingir 78 milhões em 2030 e 139 milhões em 2050. No Brasil, números do Ministério da Saúde estimam que 1,2 milhões de pessoas têm a doença de Alzheimer – com uma alta prevista de 100 mil novos casos diagnosticados por ano.

O diagnóstico preciso durante a fase inicial da doença é extremamente importante, pois permite que a pessoa tenha uma maior probabilidade de se beneficiar dos tratamentos disponíveis (aqueles que podem melhorar a qualidade de vida e retardam a velocidade de progressão da doença). Possibilita também o acesso a serviços de ajuda, participação de testes e estudos clínicos, entre outros benefícios.

Para auxiliar nesse diagnóstico, o exame de sangue para avaliar a presença de proteínas beta-amiloide 42 e 40 é fundamental. “O exame utiliza uma tecnologia chamada espectrometria de massas que é capaz de detectar moléculas em pequenas concentrações para identificar essas proteínas (42 e 40), que são consideradas importantes biomarcadores da doença”, explica o Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de anatomia patológica e genética do Delboni Medicina Diagnóstica, marca da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil.

Porém, além do exame de sangue, é necessária uma ampla avaliação médica, na qual o profissional entrevista o paciente e obtém informações sobre o seu histórico pessoal e familiar. Além dessa análise, podem ser solicitados exames específicos como de imagem (tomografia e ressonância magnética) e punção lombar, que é um procedimento realizado para coletar uma amostra do líquido cefalorraquidiano que envolve o cérebro e a medula espinhal. A análise desse líquor pode fornecer informações importantes por meio da identificação de certos biomarcadores do Alzheimer.

“Ainda não existe uma forma simples de diagnosticar a doença, mas a realização de exames de sangue, testes de estado mental e imagem cerebral podem ser usados para determinar a causa dos sintomas”, finaliza o Dr. Cristovam Scapulatempo Neto. (Com informações da Bowler – 20.09.23)

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