Vacinas podem reduzir medicações antimicrobianas e combater à RAM

A utilização de vacinas tem a capacidade de reduzir até 2,5 bilhões de doses de medicamentos antimicrobianos por ano, o que pode contribuir sistematicamente ao combate da Resistência Antimicrobiana (RAM). A informação partiu de novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o assunto.

O texto sublinha o papel das vacinas na redução da RAM, uma vez quer elas podem fazer com que o sistema imune aumente a defesa contra diversos agentes patogênicos antes que uma infecção se inicie.
“Pessoas vacinadas terão menos infecções e, assim, também estarão protegidas contra potenciais complicações oriundas de infecções secundárias que poderiam levar ao uso de antimicrobianos ou a uma ida ao hospital”, relata o documento.

“Enfrentar a RAM começa com a prevenção de infecções, e as vacinas estão entre as ferramentas mais poderosas para isso. A prevenção é melhor do que a cura, portanto, aumentar o acesso às vacinas disponíveis e desenvolver novos imunizantes para doenças críticas, como a tuberculose, é essencial para salvar vidas e reverter a tendência atual”, comentou o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O novo relatório amplia um estudo, também da OMS, publicado em 2023 no periódico BMJ Global Health, que já indicava benefícios na implementação dos imunizantes. As vacinas em estágio de desenvolvimento clínico poderiam evitar até 135 mil mortes por ano e diminuir US$ 1,2 bilhão em custos hospitalares associados à RAM.

Ainda segundo o documento da OMS, há uma série de recomendações como a de incorporação dos imunizantes nas estratégias globais e regionais de combate à RAM, além da revisão dos resultados. E ainda sugere que a introdução de imunizantes já existentes deve ser acelerada, inclusive com aumento das coberturas vacinais.
No relatório, os líderes mundiais se comprometeram com um conjunto de ações e metas para enfrentar o problema como ampliação do financiamento de pesquisas para novos medicamentos e vacinas, e esforços conjuntos para estruturar sistemas de saúde pública. A meta é atingir, até 2030, a aplicação de US$ 100 milhões para facilitar que pelo menos 60% dos países-membros consigam ter seus planos de combate à RAM. (Com informações da Medscape – 21.11.2024)

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