O Ministério da Saúde aponta baixa adesão à vacinação contra a gripe no Brasil, sendo que apenas 22% do público-alvo se vacinou contra a doença, e 14,4 milhões de doses aplicadas, quase um mês após o início da campanha. Neste ano, a meta é imunizar 75 milhões de pessoas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo idosos, gestantes, crianças, profissionais de saúde e outros. A composição da vacina deste ano visa proteger contra Influenza A (H1N1), Influenza A (H2N3) e Influenza B.
De acordo com o Dr. Marcelo Bechara, médico clínico geral e cirurgião, essa menor adesão pode deixar as pessoas suscetíveis às formas graves da gripe, afetando de forma mais intensa grupos de riscos. Ainda, segundo o especialista, como consequência, o sistema de saúde terá uma sobrecarga de atendimentos e internações, principalmente, o SUS.
Até o momento, os estados com as menores taxas de vacinação são o Distrito Federal (13,78%), Mato Grosso do Sul (14,18%), Mato Grosso (14,36%), Bahia (14,92%) e Rio de Janeiro (17,76%).
Para o Dr. Bechara, a pouca procura por imunização também pode estar ligada aos fatores históricos, já que as gerações mais jovens conviveram menos com as sequelas de enfermidades que foram erradicadas com a vacinação, como a poliomielite, a varíola e muitas outras, além das polêmicas envolvendo o imunizante contra Covid-19. “Muitas pessoas têm medo de se vacinar por conta dos efeitos da aplicação. Eles preferem enfrentar o adoecimento, que pode ser crítico, do que ser vacinado”, revela o médico. (Com informações da Optima Network – 29.04.2024)