Presidente executivo da CBDL falou sobre novas tecnologias em laboratórios durante o CBAC

O presidente executivo da Câmara Brasileira do Diagnóstico Laboratorial, CBDL, Carlos Eduardo Gouvêa, participou, na última quarta-feira, 29de junho, do 43º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas (CBAC), organizado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). O encontro aconteceu no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo.

 

Gouvêa falou sobre o tema “Incorporação de novos testes e novas tecnologias na rotina de pequenos e médios laboratórios”. Na opinião do dirigente, o acesso aos produtos médicos (DMAs) no país ainda é muito restrito e há necessidade do incremento de mais TI na rede de atenção básica de saúde, onde os laboratórios e hospitais poderiam receber informações importantes como tempo de compra, entrega, preços, localização, uso de produtos, entre outras.

 

“A incorporação da tecnologia médica mais adequada ao perfil da população de um país como o Brasil, passa por um ciclo que inclui: identificação das necessidades, avaliação e introdução da tecnologia no sistema, produção doméstica ou importação, regulação, gestão de compras, pagamentos e reembolsos, utilização, treinamento de uso, manutenção, substituição, descarte, e volta ao aprimoramento incremental do produto, através do desenvolvimento de novas tecnologias”, destacou Gouvêa.

 

Sobre o segmento de DMAs no Brasil, o presidente da CBDL ponderou aspectos que incluem a oferta de serviços, entre mão de obra e infraestrutura, o sistema de informações sobre os usuários com procedimentos, estoques e compras, os financiamentos e, por último, a demanda pelos serviços de saúde.

 

Segundo números apresentados pelo dirigente, 72,1% da população (144,4 milhões) usam a rede pública de saúde, e apenas um em cada quatro brasileiros possui plano de saúde. Em 2013, 28% da população com plano de saúde estavam concentrados em grandes áreas urbanas, sendo que os usuários em regiões rurais, onde a prestação de serviços é complexa e onerosa, representavam 15,65%.

 

Entre as propostas estimuladas pelo dirigente da CBDL para um melhor acesso aos serviços de saúde estão a utilização racional das tecnologias para evitar desperdícios e garantir o acesso de todos às soluções em saúde; a ampliação do compartilhamento das informações para a tomada de decisões dos atores envolvidos no processo; a redução da carga tributária sobre os produtos do setor, além da melhoria do sistema de saúde e a incorporação de tecnologias remotas nos pontos de acesso a cuidados conhecido como “points of care”, e ainda o desenvolvimento de políticas de tecnologias móveis (“mHealth”).

 

Já para o aperfeiçoamento na gestão do sistema, Gouvêa propôs o estímulo na aplicação das normas técnicas nas redes pública e privada, além do uso maciço de sistemas de gestão hospitalar e a atualização das tabelas de pagamento do SUS e das operadoras de saúde aos fornecedores e prestadores de serviço. Por fim, o dirigente aconselhou o reforço nas boas práticas de conduta nas relações entre o setor e o governo, e a manutenção do sistema único de identificação de produtos (UDI – Unique Device Identification).

 

 

(Com informações da Oficina de Mídia – Assessoria de Imprensa da CBDL – 29.6.16)

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