Cientistas brasileiros descobrem exame de sangue que pode prevenir doenças do coração

Um exame de sangue capaz de identificar lesões arteriais em fases iniciais pode prevenir doenças do coração como o infarto do miocárdio com bastante antecedência. A notícia, que foi publicada na revista científica Plos One, teve como referencial um estudo brasileiro.

A pesquisa avaliou 170 pacientes e os pesquisadores analisaram proteínas ligadas à inflamação sanguínea, calcificação das artérias e os mecanismos ligados ao entupimento das coronárias.

Para começar, os médicos compararam os resultados de exames de pacientes com a calcificação coronariana em pacientes saudáveis para comparar as diferenças entre as proteínas. Os dados deixaram claro que o aumento das proteínas MGP e RANKL no sangue indica o risco triplicado de doença coronária.

“Para ficar simples de entender: é como o bandido e a polícia onde a RANKL é o bandido e a MGP atua como polícia em relação à calcificação vascular. Se a polícia aparece é porque há algo de errado nas coronárias. Não deveria haver cálcio nos vasos”, comentou Eduardo Pesaro, líder do estudo e cardiologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

Os cientistas também conseguiram reunir exames de sangue de 40 pacientes com histórico de infarto agudo do miocárdio. “A pergunta feita aqui foi se o aumento da inflamação sanguínea causada pelo infarto está relacionado à elevação de algum biomarcador de calcificação. E a resposta, após análises de todos os exames de sangue, foi sim”, relata Pesaro

As amostras de sangue dos pacientes que sofreram infarto foram colhidas pós três dias e, após dois meses, houve um aumento de 23% na MGP. Isso demonstrou uma inflamação severa onde houve elevação da proteína.

Desse modo, os médicos concluíram que as amostras de sangue com o nível das proteínas conferem informações prévias sobre as placas nas artérias que prejudicam o coração. “Estamos no caminho certo para um check-up do coração mais barato e que consiga prevenir com boa antecedência a aterosclerose”, concluiu o cientista. (Com informações do Viva Bem/UOL – 14.1.19)

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